Estou numa fase muito Jung da minha vida. Quer dizer: estudando os símbolos oníricos que aparecem nos meus sonhos, entrando cada vez mais dentro de mim, sendo meu próprio laboratório. É uma jornada fantástica. Uma verdadeira aventura, cheia de descobertas.
O mestre, Carl Jung, estudou a fundo a sua própria existência e foi a campo tendo em seu currículo de psiquiatra e psicanalista em torno de 80.000 sonhos decifrados de seus pacientes, além de buscar explicação para os símbolos dos sonhos através de povos primitivos, que não sofreram alteração de seus costumes pela sociedade civilizatória, como algumas tribos africanas e de índios.
Segundo ele, todos nós temos um centro interior chamado self. Ele constitui a totalidade absoluta de nossa psique. O nosso ego, ou seja, aquela parte de nós que todos conhecem, inclusive nós mesmos, é apenas um parte muito pequena do self .
Em uma de suas expedições, Jung conheceu os índios Naskapi, que habitam as florestas da península do Labrador. Esses grupos são tão isolados que não tem constumes tribais, ritos e religiosidade. Eles vivem solitários e têm apenas a voz interior como companhia, que chamam de Mista peo, meu amigo. Segundo eles, Mista peo habita o coração do homem e é imortal. Quando morrem, ou pouco antes disso, deixa o homem para encarnar em outro.
Nós nos identificamos tanto com a nossa máscara social (o ego), com o modo que nos apresentamos para o mundo, que esquecemos que somos bem mais do que ação e reação, somos um ser bem mais complexo e lindo do que aquilo que parecemos, mas escolhemos, por diversas razões, apresentarmos uma parte desse ser.
Como já dizia aquela máxima egípcia: CONHECE-TE A TI MESMO E CONHECERÁS O UNIVERSO E OS DEUSES!
Em cada um de nós existe um universo a ser descoberto.
Eve (o ego).
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